O ministro Flavio Dino promete, para os próximos dias, apresentar ao presidente Lula a minuta da lei que criará a Guarda Nacional, em substituição à Força Nacional hoje existente.
Se exitosa a iniciativa, trata-se de marco civilizatório na história republicana do país, que finalmente contará com uma força voltada eminentemente à defesa dos interesses da sociedade.
Ao contrário da atual Força Nacional, composta por militares egressos de diversas corporações estaduais e federais, a Guarda Nacional terá caráter civil desde sua composição e formação, com a finalidade de atender inclusive fronteiras, territórios indígenas e unidades de conservação.
Assim, é provável que essa nova força armada esteja livre do ranço castrense que contamina os quartéis das forças já existentes, onde uma orientação emanada das teorias conspiratórias da extrema direita republicana estadunidense predomina e eventualmente desvirtua o papel constitucional dessas forças.
Espera-se, com efeito, que essa nova formação prometida à Guarda Nacional acabe por espraiar-se por outras corporações e sepultemos, definitivamente, aquele cacoete autoritário que mantém escondido no armário democrático do país aquele esqueleto do famigerado Poder Moderador com que D. Pedro depravou nosso poder civil, sem que até hoje tenhamos superado esse trauma.
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