Esse novo aumento no preço do diesel e da gasolina, sentido nas bombas e no bolso a partir de amanhã, significa que o governo jogou a toalha e desistiu de mudar o rumo da política de preços da Petrobras.
Sem competência pra estabelecer outra política de preços para o setor, restará a Boçalnaro torcer pelo triunfo da narrativa midiática a respeito da situação, embora isto não diminua a fúria dos consumidores.
Paranoico e bravateiro, Bozo imaginou que colocar um general à frente da ainda estatal petrolífera brazuca seria suficiente para fazer os preços adequarem-se à realidade através de um rompante ou murro na mesa dado por um milico.
Confrontado com a realidade, pincelou que a situação está dessa forma porque a "roubalheira" pretérita ainda faz estragos nas contas da companhia, sandice que talvez nem a tresloucada de goiabeira acredite, principalmente depois dos rios de dólares que jorraram nas contas dos acionistas minoritários já no atual desgoverno.
Ao final dos oito anos de privataria tucana, FHC estava tão desgastado que até o saudoso sanfoneiro Dominguinhos aparecia mais que ele na campanha do candidato do seu partido, tamanha era a rejeição a seu nome e o desespero para evitar que o povo não o ligasse ao candidato, como se isto fosse possível naquele momento.
Se for até o fim na disputa, seguramente Boçalnaro despertará os mesmos gestos de repulsa a seu amaldiçoado nome por parte de candidatos à Câmara Federal, Senado, governos estaduais e assembleias, descobrirá tardiamente que sua fé cega no êxito que não houve nas gestões dos ditadores pós 1964 foi ilusão, pior, caso volte um governo de matiz democrático e popular como é a tendência, constatará que nem era tão difícil assim conduzir certos preços sem penalizar a população: basta não ser obtuso. Mas aí será tarde, felizmente.
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