O vice presidente Hamilton Mourão segue distribuindo cascas de banana no caminho de Bolsonaro; agora é a declaração pública de que vetaria o aumento de R$2 bilhões para R$5bilhões no Fundo Eleitoral, aprovado na LDO.
Trata-se de saia justa posta no presidente, que ontem mentiu cinicamente ao culpar o vice presidente da Câmara Federal pela aprovação do reajuste, quando Flávio e Eduardo Bolsonaro e todo o séquito parlamentar de bolsonaristas votou pela majoração.
Claro que essa aprovação tem jeito de contar com o aval do presidente, que deve ter se internado em uma clínica em São Paulo pra que não surgissem suspeitas de sua participação, no mínimo aval, nas tratativas em torno do acréscimo de R$3 bilhões ao fundo, nesse momento de grave crise.
É possível até que tenha sido fechado acordo para que Jair Messias volte ao ninho antigo, o PSL, a fim de dividir a dinheirama que a legenda terá disponível pra fazer campanha, superando a briga feia a quando do rompimento, quando Antônio Bivar, presidente da sigla recusou dar ao presidente o controle dos recursos do fundo partidário.
Simples a solução encontrada: se a briga entre Bivar e Bozo girava em torno do controle dos R$250 milhões do Fundo Partidário, triplique-se o valor do Fundo Eleitoral e divida-se o resultado pelas partes famintas, saciando-se a ganância das partes, que envolve o abrigo presidencial em uma legenda, tempo de televisão, uma chapa forte e uma pitada de cinismo para a sanção da LDO.
Mourão foi ao âmago da questão, levantando um simples ponto: à presidência da República cabe vetar tudo aquilo que foi aprovado no parlamento, mas o Poder Executivo considera contrário ao interesse público cabendo, então, a Bolsonaro optar por agir em defesa do país, ou honrar aquilo que estaria por trás de mais esse escândalo envolvendo mau uso do dinheiro público. Dureza!
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