Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Os dilemas de Bolsonaro


Além de ser considerado um pária pela diplomacia mundial, em vez de chefe de estado, Bolsonaro é um proscrito político na medida em que é o único presidente sem partido político.

Se parte da manada que  vive a mugir no curral das bizarrices planaltinas, considerando essa condição marginal como virtude, na prática essa condição o tipifica como alguém à margem da lei.

Até outubro próximo, o atual presidente terá que filiar-se a um partido a fim de disputar sua própria sucessão, a legislação eleitoral brasileira não contempla a figura da candidatura avulsa.

Atrelado ao Centrão, o que desmente a crença bovina na sua autonomia política, sua não filiação é apenas um dos dilemas que o atormentam e que caminham para espreme-lo no funil da hora da verdade.

Cientistas políticos já sentenciaram a condição futura resultante das próximas eleições, resumindo a situação na incerteza de quem será o próximo presidente, mas exalando a certeza que, pelo voto, não será Bolsonaro.

Talvez por isso o capitão tenha desprezado o sistema político/institucional, apostando em uma ruptura democrática que o torne ditador, acima do sistema e principalmente dos partidos políticos que tanto abomina, embora já tenha passeado por uns dez.

Como são cada vez mais remotas as condições para um golpe de estado, conforme análises que estariam levando em conta a pouca disposição dos comandantes das Forças Armadas em embarcar na aventura, resta a bagunça, as milícias a aventura a partir do caos.

Pra piorar as coisas para o lado do capitão/trapalhão, a CPI do Genocídio fará estragos nos planos governamentais de ganhar dinheiro com tratamento precoce; juntando isto à acusação, sem provas, de fraude nas eleições de 2018, Bolsonaro poderá ser um não candidato, em 2022. 

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