Em 2014, após a vitória de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves derrotando uma das mais sórdidas campanhas eleitorais já feitas, surgiu a decisão dos derrotados: essa foi a última, custe o que custar.
E foi às custas da democracia. As elites deram um golpe político/jurídico/midiático pra apear do poder uma presidenta honesta porque sabia que ela seria sucedida por Lula, o candidato natural do PT em 2018.
Lula saiu da presidência com 87% de avaliação ótimo/bom, o que deveria levá-lo até 2026, como presidente do Brasil, perfazendo um total de 23 anos de gestão petista o que parece ter precipitado o golpe.
Depois do discurso raivoso, canalha, irresponsável do derrotado Aécio Neves, que não aceitou a derrota e prometeu inviabilizar qualquer iniciativa governamental, aliando-se ao celerado Eduardo Cunha na missão.
Parece ser essa a mesma convicção de Jair Bolsonaro, que adota a linguagem miliciana misturada com a do fanatismo neopentecostal e expõe todo o seu pânico diante da volta de Lula à disputa chamando-o de 'capeta'.
E disse mais às rêses que o tietavam no cercadinho planaltino, "Ó, se esse cara voltar, nunca mais vai sair. Escreve aí, tá?", reproduzindo a convicção dos golpistas de 2016, que por meios democráticos é difícil derrotar o PT.
E nós, por mais ingênuo que isto possa parecer, seguimos desejando que as forças conservadoras tenham aprendido a lição e passem a respeitar as regras do jogo democrático, onde a vontade soberana do povo é o princípio fundamental. Só isso.
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