Em pouco mais de uma semana depois de instalada, a Comissão Parlamentar de Inquérito que apura responsabilidades do governo federal na explosão da pandemia já afirma ter provas suficientes pra incriminar o presidente da República.
A continuar nesse ritmo de descobertas das mentiras, escolhas intencionalmente erradas e tudo mais que pôde ser feito ao arrepio da lei, daqui até o fim dos trabalhos provavelmente Jair Bolsonaro terá superado o ex governador Sérgio Cabral Filho, no quesito acúmulo de condenações.
Recusa de vacina, ações deliberadas contra as recomendações sanitárias, a tentativa de impor o uso de medicamentos desautorizados pela OMS como tratamento, a ideologização das vacinas disponíveis, enfim, há uma enorme quantidade de crimes comprovadamente cometidos.
Agora, parece que o trabalho da CPI é engordar o cardápio do crime com iguarias variadas servidas pelo governo, todas temperadas com o veneno do vírus e do negacionismo que nos levaram a chegar as mais de 430 mil mortes, até aqui, com a certeza de que dezenas de milhares dessas mortes poderiam ser evitadas.
Resta saber se o relatório a ser apresentado, provavelmente responsabilizando Bolsonaro criminalmente pelas mortes durante a pandemia, será aprovado. Afinal, ontem, o presidente da comissão, senador Omar Aziz, recusou-se a cumprir o que determina o regimento do Senado avalizando a mentira e a impunidade.
Se fez isso ainda nos primeiros dias, o que será capaz de fazer daqui a mais alguns meses? Vale dizer, poderá continuar sendo considerado independente da influência do governo, ou usará a CPI como moeda de troca pra salvar correligionários e conterrâneos encrencados com malversação de recursos públicos destinados ao combate da pandemia? É anotar e conferir mais adiante.
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