Quando foi libertado de seu cativeiro político, Lula foi ao Vaticano encontrar-se com o Papa; à Suíça para um evento internacional de trabalhadores e aos EUA participar de agenda de reorganização do movimento sindical daquele país.
Nítida articulação política de quem teve 580 dias pra meditar e encontrar novas formas de enfrentar o conservadorismo tupiniquim recorrentemente golpista, para tal servindo-se de um Exército que age como se fosse guarda pretoriana do 'acampamento' das elites.
O ex presidente sempre notabilizou-se por esse feeling que expõe a necessidade de articulações internacionais a quem almeja bem mais que a cadeira do Planalto, é célebre o episódio do seu encontro com Karol Wojtila, um papa reacionário que o decepcionou.
Agora, até uma jornalista de O Globo registra as tratativas de Luís Inácio com autoridades russas e chinesas a fim de facilitar a aquisição de vacinas e insumos para a fabricação dessas, driblando a inércia de um governo federal negacionista e assistindo governadores estaduais.
Teria Lula tratado apenas de vacinas nesses encontros, ou, deu um passo adiante em conversas que possam futuramente render uma articulação que neutralize intromissão ianque indevida, como ocorreu na deposição espúria de Dilma Rousseff, esta não teria dado ouvidos a Putin quando este a alertou para a conspiração pra derrubá-la?
Claro que a recuperação dos direitos políticos do ex presidente mais amado do país, roubados por uma quadrilha fantasiada de toga, enfureceu ainda mais os furibundos esbirros de pijama, todavia, Lula ignorou essas manifestações e deu um recado curto e grosso ao afirmar que demitiria a bem do serviço público o general Villas Boas.
Se não houve reação do clube militar às declarações de Lula, tivemos o Supremo Tribunal Federal mostrando novamente sua autoridade de Suprema Corte do país, sem qualquer tremor das pernas, motivado pela presença de um general inoportuno cobrando desprezo pela Constituição da qual são guardiões.
Será que as coisas estão mudando, e pra melhor, no país?
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