Quem é que vai pagar por isso?

A jornalista Mônica Bergamo(FSP) publica hoje, em sua coluna, um estudo do DIEESE, encomendado pela CUT, com dados estarrecedores resultantes da ação nefasta da operação Lava Jato.

Segundo o citado estudo, aquela farsa persecutória, de caráter politiqueiro, impediu que o país recebesse R$172,2 bilhões em investimentos, quarenta vezes mais do que a aquela infâmia metida a moralista diz ter recuperado.

Foram fechados, ainda sob impacto daquela sordidez togada, 4,4 milhões de postos de trabalho, 1,1 milhão só no setor da construção civil, prejuízo de R$47,4 bilhões na arrecadação de impostos, R$20,3 bilhões só em contribuições sobre folhas salariais.

Enquanto isso, alheia a esses efeitos, a Rede Globo seguia impávida e impune agraciando com prêmios de mérito deplorável os nefastos chefes daquela quadrilha, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, incensando-os à condição de heróis, hoje desmascarados como reles meliantes.

Mesmo que o STF repare muitos dos danos causados pela aventura dos farsantes togados, ainda assim não será possível resgatar aquele investimento, muito menos recuperar os postos de trabalho surrupiados a milhões de pais e mães de família vitimados pela sordidez que nos legou Bolsonaro. 

Com efeito, se tivermos a ventura de atravessar essa tormenta em 2022, ainda assim levaremos um bom tempo para resgatarmos a empregabilidade que o país necessita, os investimentos na economia que fugiram pra bem longe e o resgate do poder aquisitivo usurpado das famílias brasileiras.

Seria bom que a reparação dessa tragédia começasse pela punição dos que mais contribuíram para sua concretização, no caso, todos os togados que operaram a farsa com intenções eleitoreiras; assim como a Rede Globo cuja atuação foi decisiva para o golpe de 2016 e suas consequências trágicas.

Não podemos repetir o erro de 1985, quando a 'transição transada' da ditadura à democracia se deu apagando o rosário de malfeitorias dos atores daquele pesadelo que durou 21 anos, com consequências dolosas sentidas até hoje, pela postura despudorada de fardados truculentos e oportunistas. Não dá!