Está coberto de razão o editor da revista Piauí, Fernando de Barros e Silva, ao colocar na conta do combate à corrupção liderada pelo ex juiz Sérgio Moro essa tenebrosa, macabra, horripilante transação em que o senador Flavio Bolsonaro compra uma mansão por um valor três vezes maior que seu patrimônio.
Não deveria, afinal, o juiz deixou o Judiciário em 2019 e aparentemente sua missão encerrou-se ali, todavia, devido à sua ânsia por holofotes, sua postura tentacular e suas relações perigosas com figuras altamente suspeitas no mundo da política, desde cedo mostraram tratar-se de muito trovão e pouca chuva.
Desde quando o jornalista Paulo Moreira Leite publicou o livro "A Outra Face da Lava Jato", em 2014, se não me falha a memória, já eram conhecidos os propósitos politiqueiros da malsinada operação, não por acaso comandada por um juiz nada ilibado, fato demonstrado por sua conduta no caso 'Caso Banestado'.
Hoje, qualquer pessoa comum que não acompanhe amiúde os fatos políticos tem à sua disposição toda a sorte de sandices jurídicas cometidas pela quadrilha da Lava Jato, de modo que não precisa ficar elencando o comportamento bandido de Moro e seus togados, apenas dizer 'viu o que você fez com o Brasil?'
Uma semana depois de ser beneficiado por decisão esdrúxula do STJ, o 01 volta a delinquir acintosamente; enquanto o ministro da Economia escarnece da população afirmando que estamos no caminho certo do desenvolvimento ao tomar medidas que só aumentam a miséria do povo. Graças ao golpe de 2016 e os golpes de 2018 que nos legaram esse quadro social teratológico. Tudo fruto do combate à corrupção.
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