Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 10 de março de 2021

Lula candidato, agora, não é a questão. Sua liderança é muito maior que a mesquinhez da mídia


O mais divertido, depois de uma longa sessão de explanação e entrevista de Lula, são as 'análises' produzidas por comentaristas da mídia conservadora.

Sempre cheios das certezas que o pensamento único das empresas as quais prestam seus serviços lhes impõe desfiam, 'Lula é candidatíssimo'; 'faz bravatas, em relação a Petrobrás' e por aí vai.

Transformar o essencial em acessório, e vice versa, tem sido a regra dessa imagem formada a respeito de um líder político que fugiu ao figurino traçado por esse conservadorismo, o que explica o conflito entre as partes.

Lula ganhou o mundo, recebeu dezenas de títulos de Doutor Honoris Causa em algumas das mais importantes universidades do planeta, quando era preso político em Curitiba recebeu visitas mais ilustres do que os presidentes do país à época receberam.

No entanto, a mídia sempre ignorou essa notoriedade e prendeu-se ao enredo chinfrin que construiu, pintando Lula como um analfabeto e incompetente, optando por virar as costas para a grandeza de seus dois mandatos mundialmente reconhecidos, menos aqui.

De qualquer modo, já foi um avanço ver dois canais televisivos exclusivos de notícias da tevê por assinatura abrindo espaço ao ex presidente, mesmo que isso signifique impedir que essa pauta seja assistida apenas nas mídias sociais e com audiência estratosférica.

Lula mostrou, em quase três horas de pronunciamento e entrevista, o porquê de ser a maior liderança política de esquerda da América Latina e uma das maiores do mundo, a ponto de nem necessitar dizer que é candidato, a essa altura quase uma necessidade visceral da conjuntura política.

Não esquecer que, em 2018, quanto estava confinado em seu cativeiro curitibano, Lula foi impedido sequer de dar entrevistas, e mesmo assim o candidato petista Fernando Haddad teve 47 milhões de votos contra uma máquina mortífera dos fatos e das leis, algo que maculou a lisura do pleito.

Agora, como o principal protagonista da conjuntura política brazuca, é de se esperar que consiga liderar uma frente de oposição ao governo/tragédia que ora nos oprime, ajudando a resgatar as coisas importantes como vacina, auxílio emergencial e trabalho, que certamente induzirão Lula a decidir seu futuro político. Simples assim. 

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