Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 4 de março de 2021

'Capitão Morte' faz Brasil ultrapassar EUA em número de novas infecções diárias por Covid-19


 A estratégia genocida de Jair Bolsonaro de deixar que mais pessoas se contaminem por Covid-19 no país, além de letal aos brasileiros, tornou-se uma ameaça real ao combate mundial à pandemia. Nesta quinta-feira (4), a Organização Mundial de Saúde  (OMS) anunciou que o Brasil ultrapassou os EUA em número de novas infecções diárias. Foram 59,9 mil registros no Brasil, ante a 57,8 mil novos contágios entre os americanos. De acordo com a OMS, um em cada novo caso mundial da doença é brasileiro.

Alertados pela comunidade científica internacional sobre os perigos das novas variantes do vírus, mais países passaram a incluir o Brasil na lista de nações para as quais as fronteiras estão fechadas. Segundo dados da ‘ Folha de S. Paulo’, de uma lista de 150 países, 17 já impuseram restrições ao país. O Brasil empata com a África do Sul e só fica atrás do Reino Unido, que agora tem de lidar com 25 destinos com barreiras.

As medidas levam em conta pessoas que passaram pelo Brasil antes da chegada aos países. O quadro consolida a condição brasileira de pária internacional, alcançada desde que Bolsonaro tomou posse e implementou uma política desastrosa que destruiu a imagem do país no Planeta.

Seja com a devastação e incêndios criminosos de florestas tropicais ou com ataques diplomáticos a parceiros estratégicos como a China, o dedo podre de Bolsonaro está sempre por atrás de ações que horrorizaram o mundo nos últimos dois anos. Agora, a explosão de infecções e óbitos acendeu um novo alarme entre autoridades de saúde, que temem os efeitos de novas variantes, resultantes da livre circulação do vírus. 

Na quarta-feira (3), mais um recorde de óbitos foi batido, com o registro de 1.840 vítimas fatais pelo consórcio de veículos de imprensa e 1.910, de acordo com a contagem do Ministério da Saúde. “Nós vamos entrar numa situação de guerra explícita”, prevê o neurocientista Miguel Nicolelis, em entrevista ao jornal ‘ El País’. “Podemos ter a maior catástrofe humanitária do século XXI em nossas mãos”, alerta o professor da universidade de Duke, nos EUA.

Genocídio

“Se você tiver 2 mil óbitos por dia em 90 dias, ou 3 mil óbitos por 90 dias, estamos falando de 180 mil a 270 mil pessoas mortas em três meses. Nós dobraríamos o número de óbitos”, calcula o professor. “Isso já é um genocídio, só que ninguém ainda usou a palavra. O que são 250 mil mortes sendo que a vasta maioria poderia ter sido evitada?”, questiona.

Nicolelis adverte ainda para  colapsos do sistema de saúde em série, o maior deles no estado de São Paulo. Pelo andar da carruagem, argumenta, o país poderá chegar a 3 mil óbitos diários nas próximas semanas, caso medidas mais severas não forem adotadas imediatamente pelos governos federal, estadual e pelos municípios, prevê o cientista.

Lockdown urgente

Para mitigar os efeitos da crise e salvar vidas, Nicolelis defende duas medidas integradas: um lockdown nacional de pelo menos 21 dias e o pagamento do auxílio emergencial para manter as pessoas em casa. Além disso, será necessário a criação de uma comissão nacional para tomar a frente das ações, uma vez que o Executivo se nega a lidar com a crise.

“A população nunca teve uma mensagem correta da gravidade da pandemia porque não temos nenhum estadista no país”, observa Nicolelis. “Faltou decisão política e visão estratégica. Faltou as pessoas eleitas pensarem não nos lobbys econômicos e políticos que as sustentam, mas nos cidadãos como prioridade. É preciso bancar uma decisão”, adverte.

Variantes, uma bomba relógio

O cientista sustenta que, enquanto o espaço aéreo brasileiro estiver aberto, outras linhagens do vírus chegarão, somando-se às que já estão em circulação. O potencial é devastador. “Acabaram de detectar a variante da Califórnia em Minas Gerais, porque alguém veio de avião dos Estados Unidos e trouxe ela”, exemplifica o professor.

“Nós recomendamos fechar os aeroportos em agosto. Repetimos em setembro. E evidentemente a Infraero não deu bola. Temos no Brasil a reunião de todas as variantes, inclusive as nossas próprias. Essa é a bomba relógio”, aponta.

(Agência PT de Notícias)

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