Desconheço, e acredito que não há brasileiro que aponte, um político com perfil mais arrogante que o ex ministro Ciro Gomes.
E não vale citar generais, ou patentes inferiores, na medida em que os fardados truculentos por natureza estão na política pra servir-se dela, mesmo que sejam servidores públicos.
Assim, quando a deputada Tabata Amaral vota a favor de um projeto, que concede ao Banco Central um poder fiscal e monetário paralelo ao da presidência do país, é certo que Ciro aquiesce esse voto.
Quando teve atritos com Roberto Freire, no PPS, a primeira coisa que Ciro fez foi pegar sua viola, botar no saco e ir embora; Freire era assecla da privataria de SP, enquanto Ciro odiava aquelas figuras.
Portanto, hoje em dia chamar PSB e PDT de partidos de esquerda parece excessiva vontade de ampliar o espectro. Na verdade, pertencem ao centro político brasileiro, e isso graças a remanescentes de outras lutas.
Deputados dessas duas legendas votaram a favor da famigerada reforma da previdência; chancelaram a tunga de direitos trabalhistas e agora fecharam com a outorga de um naco da presidência do país aos banqueiros.
E entre dissensos e fusões, surge uma nova oportunidade de sanitização do quadro partidário, não por motivação quantitativa, porém, criando-se normas mais rígidas que evitem o surrealismo atual como rotina. Só isso.
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