Duas opiniões até certo ponto conflitantes, de Reinaldo Azevedo e Merval Pereira, a respeito das razões que levaram o presidente da República a indicar o nome do desembargador Kássio Nunes para ministro do STF, na vaga de Celso de Mello.
Reinaldo entende que o instinto de sobrevivência de Jair Messias falou mais alto, daí a indicação de um garantista que lá adiante votará contra sua, de Jair, prisão; Já Merval entende tratar-se de manobra pra condenar Sérgio Moro no STF.
Claro que as opiniões não são excludentes, pois tem um dado em comum entre elas: a inocência de Lula, reconhecida por Reinaldo e negada por Merval, este um morista cínico que recusa-se ao exame da sentença que condenou Lula, tratando-a como dogma.
Reinaldo está coberto de razão quando diz que Bolsonaro prepara sua defesa futura, diante de tudo que pesa contra ele, os filhos, esposa, ex esposa e asseclas, por isso precisará desesperadamente de alguém que restrinja um julgamento futuro ao mandato presidencial.
Já Merval, seguramente desesperado pelo desmascaramento da sordidez de Moro, bem como do papel deste na trama urdida pra fraudar juridicamente as eleições de 2018, sente que a farsa da condenação de Lula pode estar com os dias contados e o mentor dela encrencado.
A provável fuga de Moro para os EUA traduz bem a preocupação global com a possibilidade de prisão do seu queridinho; enquanto Bolsonaro decreta o fim da Lava Jato, da corrupção no país e pode estar antecipando o resultado de um julgamento que ainda nem tem data marcada.
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