De perto ou de longe, nada mais parece normal na cena política brasileira, desde quando ficou-se sabendo que quem comandava o núcleo de mulheres negras do PSDB(SP) era uma louraça.
Dentro daquele mantra aecista, 'o Brasil só será uma democracia quando o PSDB puder escolher o povo', vive-se a grande síntese do patrimonialismo, onde os segmentos sociais organizados estão a reboque dos 'donos'.
Assim, quando o Partido da Mulher Brasileira vai disputar com um candidato homem a prefeitura de Belém, constata-se que a luta de gênero por mais espaço na política não irá a lugar nenhum sem radicalizar o enfrentamento contra esse tipo de burla.
Com efeito, é preciso aprofundar o debate a respeito dessa luta, tratando-a como fundamental nas transformações sociais na medida em que suas conquistas impõe mudanças no jeito de ser de outros segmentos.
A igualdade de gêneros implica igualdade de etnias, de opções sexuais, enfim, cria uma sociedade despida de qualquer preconceito, implicando isso em por termo à existência de qualquer grupo que se ache detentor de privilégios.
Nesse sentido, seria bom que todos os que têm compromisso com as transformações sociais encampassem a luta contra um marmanjo como chefe dessa sigla pretensamente de domínio feminino, bem como vigilância total contra a prostituição que faz mulheres 'laranjas' das cotas femininas nas chapas pra legitimar o mandonismo macho. Que tal?
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