Apesar do otimismo estampado no jornal do governador Helder Barbalho com o crescimento das vendas no varejo paraense, no período de maio a junho, na ordem de 39,1%, há dados bastante preocupantes no meio desse otimismo.
Por exemplo, o número de endividados no estado chegou a 72,4%, ou seja, de cada cinco adultos quatro não pagaram por algo que compraram à prestação, ressaltando que em julho do ano passado esse percentual estava em 55,6%.
Embora a federação de comerciantes do estado diagnostique ser esse espetacular endividamento fruto do mau uso das ferramentas disponíveis no crediário, é cristalino ser essa onda de calote resultado do desemprego que grassa.
Com efeito, pinçar a consequência de uma conjuntura e tratá-la como causa é próprio de quem sabe o que fez no verão atual, quando chusmas de trabalhadores foram postos na rua da amargura e a culpa recaiu sobre a pandemia.
Nada é dito a respeito da reforma trabalhista golpista, que dizimou o mercado formal de trabalho e tratou o 'bico' como empreendedorismo, pois isto seria fazer o mea culpa necessário, coisa que nem Bozo, nem Helder e nem Fecomércio farão.
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