Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 30 de maio de 2020

Divergência não é racha



Divergência de opinião não é racha. É parte de um processo que tende a chegar a bom termo, caso seja conduzido com transparência e bons argumentos.

Por isso, é precipitado afirmar que há racha entre as posições do ex ministro Zé Dirceu e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, a respeito da formação de uma frente contra o fascismo instalado.

Dirceu até tem razão em relação a fissuras. O problema é que Ciro está indiferente ao bloco porque elegeu o PT como o maior entrave ao seu projeto de poder, e não o fascismo.

E não é de hoje. Em 2014 apostou na dupla Marina/Aécio pra derrotar Dilma e ainda evitou expor-se com seu discurso de centro esquerda que favoreceria Dilma na disputa.

Em 2018, primou pela ambiguidade pra não melindrar o eleitorado à esquerda. No entanto, fugiu como todos sabem para Paris, assim que viu a disputa polarizada entre Haddad e Bolsonaro.

Colocou-se em um caminho sem volta ao eleger o PT como seu principal inimigo, abrindo mão de tentar conquistar a simpatia da militância petista, indo à luta por um eleitorado mais diversificado.

Por isso distancia-se do PT, namora a mídia anti petista através da ambiguidade pau no Lula e sua legenda misturado a um discurso progressista, oportuno nesse momento social adverso .

Bem, é pouco provável que nessas circunstâncias a esquerda rume unida para as eleições já de 2020, deixando sequelas para 2022 e o dilema que força atitudes ousadas, como a sugerida por Zé Dirceu. 


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