Louvável que o Ministério Público do Trabalho coordene marcha com a sociedade civil visando combater a chaga do trabalho infantil.
No entanto, essa cruzada tem o dever de ir além das marchas e seguir a veemência verificada em outras situações envolvendo crianças e adolescentes.
Por exemplo, quando nos deparamos com crianças em festas, bares e até casa de espetáculos, onde é proibida a entrada de menores de 18 anos, corretamente assistimos fiscais da lei tomando as providências cabíveis.
Já quando vemos a presença dessas crianças e adolescentes em semáforos, transporte coletivo entre mesas de bares e até altas horas da madrugada nunca vemos a mão ágil e prestimosa do agente da lei coibindo tais abusos.
Não se está sugerindo truculência, que fique claro, mas essa tolerância muitas vezes baseada no populismo econômico que famílias dependem dessa atividade acaba por jogar fora qualquer marcha, qualquer campanha de conscientização que queira combater a tal praga social.
É necessário, sim, chamar as famílias às falas e produzir um diagnóstico a respeito da real condição sócio/econômica delas, partindo dessas análises para cobrar do estado a inserção em programas de amparo social de quem estiver em extrema vulnerabilidade. Só isso.
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