Lula dá entrevista ao jornal argentino Página 12, dando pistas da costura que faz para tornar o campo da esquerda favorito à retomada do governo brasileiro pela via legal.
Na dita entrevista, não descarta sua candidatura em 2022, embora diga que estará com 77 anos a quando da eleição, sem contar que legalmente está inelegível, coisa que não aborda mostrando sua sabedoria.
Anuncia a retomada de suas caravanas, significa dizer que mantém seu protagonismo e sua baita influência política, porém cita Haddad e um nome de fora do PT, provavelmente o atual governador maranhense Flávio Dino.
Assim, ao não fechar questão em torno de si, Lula sabiamente encaminha o debate para o campo predominantemente político e contorna o debate que favorece a direita: o caráter pseudo legalista em torno de sua candidatura.
Com isso, o maior presidente da história deste país repetirá a estratégia que levou Alberto Fernandez a derrotar o neoliberalismo na Argentina, com a diferença que não comporá a chapa da esquerda, como fez Cristina Kirschner.
Esperemos, então, que os "postes" de Lula voltem a iluminar o povo brasileiro para que decida pelo caminho da justiça social como base do crescimento econômico, assim como jogue luzes na tragédia que o famigerado golpismo legou ao país.
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