Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 25 de agosto de 2019

Assim não dá!



A travessia para a ilha do Combu feita em pequenas e velozes lanchas que comportam dez pessoas, no máximo; travessia para a ilha de Cotijuba transformada em aventura sob riscos de desfecho trágico, sem contar a ausência de transporte fluvial pra mais festejada dessas ilhas da capital paraense: Mosqueiro.

Esses, e mais uma centena de exemplos da precariedade do transporte fluvial em uma cidade/estado com vocação predominante ao uso desse modal é o quadro horroroso que governantes infames pintaram e obrigam a população a deparar-se diariamente, por conta da subalternização do interesse público a interesses escusos de proprietários de empresas de navegação.

Segundo as más línguas, quando Simão Jatene mandou criminosamente ao fundo do rio um terminal que a governadora Ana Júlia havia inaugurado nas imediações da avenida Arthur Bernardes, o fez porque o dito terminal descentralizava as áreas hoje utilizadas, bem como dotava a população no entorno de Icoaraci de um equipamento decente de embarque e desembarque.

Todavia, correligionários do governador que atuam no setor, e ganham muito dinheiro com o serviço precário concentrado na Estrada Nova, fizeram pressão pra que a situação continuasse daquele jeito, para a manutenção de lucros financeiros espúrios,  mesmo às custas do sofrimento da população ribeirinha, inclusive aquela que faz turismo.

E aí está o busílis da questão: se o governador Helder Barbalho quer, de fato, incrementar o turismo no Pará que ataque essa situação, que enfrente o cartel do transporte fluvial, faça parcerias para a construção de vários terminais hidroviários decentes, exija que os exploradores do negócio disponibilizem embarcações dignas, pois só assim sairemos da vexatória situação em que nos encontramos.

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