Governadores da região fundam o Consórcio Nordeste a fim de tocar suas respectivas administrações à margem do abandono a que foram vilmente relegados pela boçalidade sectária.
Basta lembrar a sandice administrativa de Paulo Guedes, que fez o Ministério da Fazenda obstruir uma parceria entre o governo do Ceará e a UNICEF, que investiria R$20 milhões na educação pública daquele estado, bloqueando os recursos.
O consórcio pretende inicialmente firmar convênio com a Organização Panamericana de Saúde, aquela que colocou médicos cubanos no programa 'Mais Médicos', através de um contrato regional que resgate a assistência dos milhões de nordestinos abandonados com o fim daquele programa.
Resta saber como o governo federal vai encarar esse ato de autonomia administrativa. Se respeitará os limites legais dos governadores, ou se partirá para novos atos de retaliação tratando esses governantes como capatazes de fazenda, indiferente à situação concreta da população.
O Pará, por exemplo, que deveria partir pra medida semelhante a dos nordestinos, viu 32% dos seus municípios ficarem à deriva depois que o governo federal extinguiu o 'Mais Médicos', sendo que alguns estão na alarmante situação de um déficit de 100% de ausência de médicos, certamente clamando para que o MS ao menos não atrapalhe, já que não pretende ajudar.
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