Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 26 de maio de 2019

Vitória em Cannes marca novo vexame de Bolsonaro


A premiação de Bacurau e A Vida Invisível de Eurídice Gusmão marca um desempenho inédito do cinema brasileiro na cena internacional. Jamais dois filmes brasileiros conseguiram premiação tão relevante num mesmo ano, naquele que é considerado o maior festival de cinema do planeta. São troféus importantes. Bacurau ganhou o premio do júri, um dos relevantes.   A vida invisível...ficou com Un Certain Regard, destinado a filmes que oferecem inovações na linguagem.

Esse desempenho confirma o amadurecimento de nosso cinema, fruto de um esforço acumulado de várias gerações de profissionais.

Também marca um novo vexame do governo Bolsonaro, que entrou para a história, entre outras proezas, pela extinção do Ministério da Cultural e o esvaziamento de toda política oficial de apoio ao cinema. Fruto deliberado de um anti-intelectualismo primitivo, que leva a desconfiar de toda produção nacional -- atitude que beneficia a exibição de produções estrangeiras, em particular norte-americanas -- os dois prêmios foram obtidos justamente em 2019.

No ano do primeiro mandato de Bolsonaro, a APEX chegou a suspender o patrocínio que poderia auxiliar a divulgação das sete produções brasileiras que se apresentaram em Cannes. Isso mesmo. Sete filmes participaram daquela vitrine que é uma das grandes portas abertas para o mercado internacional.

Agora, o cinema brasileiro têm direito a uma boa festa pelo reconhecimento. Bolsonaro e sua turma estarão de fora -- merecidamente.

Alguma dúvida?
(Paulo Moreira Leite/ Jornalistas pela Democracia/ Brasil 247)

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