
A política nacional de resíduos sólidos, que proíbe a instalação de lixões a céu aberto, entrou em vigor há quatro anos no país, todavia, o prefeito de Belém pediu adiamento para adequar-se aos princípios da dita lei e acabou beneficiando-se do golpe contra a democracia que depôs a legítima presidenta Dilma Rousseff e ungiu ao poder o ladravaz temerário.
Mesmo assim, os prefeitos da Região Metropolitana de Belém foram incapazes de estabelecer um consórcio que gerenciasse de forma eficaz um aterro sanitário, dentro dos limites legais que determinavam práticas, como a biorremediação, capazes de tratar o lixo da área em seu próprio local e assim preservar a saúde da população do entorno.
O saudoso André Costa Nunes não viveu o suficiente para assistir o fim dessa tragédia administrativa que foi a instalação daquele lixão em Marituba, mas, onde estiver, deve estar gargalhando com esse desfecho que atirou ao lixo, sem direito à reciclagem, o ardil rapace de alcaides mal intencionados, que pretendiam transformar uma política pública fundamental em fonte de lucro particular.
Se tivéssemos legislativos independentes nos três municípios envolvidos nesse imbroglio, é certo que já estaria sendo discutida a (i)rresponsabilidade legal desses gestores trapalhões, seguida da busca urgente de soluções que atendam os direitos da população garantidos na referida lei, ao contrário da omissão predominante entre os edis das três câmaras municipais.
Restam, então, os MPs e as Defensorias Públicas na luta pelo resgate dos direitos da sociedade e punição aos culpados pelo descalabro instalado a partir de hoje. E à população, resta mobilizar-se para que a lei seja cumprida. Só isso.

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