Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Sombria nostalgia



Um general na presidência da República, coisa que não acontecia desde 1985, e mais algumas dezenas de fardados pertencentes as Forças Armadas espalhados nos cargos da estrutura civil.

Assim amanheceu o Brasil, hoje, como se tivesse viajado ao seu passado que parecia já enterrado, mas que ressurge com força, menos pelo voto que elegeu o titular e o seu vice, mais pelo caldo político que deu esse sabor indigesto ao Brasil, novamente temperado com o autoritarismo recorrente.

Mais do que o eventual preenchimento formal, essa transferência da caserna para o poder central, ou do poder central pra caserna, paira sobre nossas cabeças o fantasma do gostinho pelo poder, cada vez mais notado por todos os brasileiros à medida que altas patentes das Forças Armadas aparecem com mais frequência palpitando a respeito da política.

Se em quase todos os espaços do governo central está atualmente alguém oriundo da caserna em posição de mando, fica claro que o poder civil deixou de ser exercido por servidores dessa carreira civil na medida em que há chefes em profusão sem a formação adequada ao exercício do cargo e cuja familiaridade resume-se a tratativas mais sumárias, digamos, algo que na área da pedagogia, por exemplo, requer ao mandatário que seja dotado de uma tolerância que esses novos chefes geralmente não têm.

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