Infame a matéria do Diário do Pará a respeito de reportagem com o jogador Ryan Williams, publicada pelo jornal espanhol Marca, um inglês que passou um tempo no Paysandu sem ter a mínima chance de apresentar sua competência e merecer uma avaliação mais coerente.
O jornal dos Barbalhos afirma que o jogador 'detona' Belém, induzindo o leitor a pensar que o apoiador inglês, talvez movido por revanchismo, resolveu esculhambar a cidade para justificar seu pífio desempenho nos gramados.
Ledo engano. Primeiro porque o jogador foi aproveitado apenas vinte minutos de uma partida, e mesmo assim causou boa impressão, conforme mensagens que diz ter recebido de torcedores, além da própria impressão causada em quem viu o jogo, dentre os quais me incluo.
Segundo porque nada que o inglês fala é estranho ao jornal, useiro e vezeiro no hábito de bater na tecla que Belém é uma das cidades mais violentas do mundo, algo que certamente influenciou o comportamento do jogador, bem como o título da matéria que usa exatamente a expressão, "uma das cidades mais perigosas do mundo".
Ora, querer fazer uso dessas sentenças com intuito politiqueiro achando que isto só deve refletir nas urnas é de uma cretinice oceânica. Claro que as pessoas vivem em pânico, entre a 'sensação de insegurança' com que os governantes tentavam minimizar a grave situação da segurança pública; e o sensacionalismo barato que o jornal usa como mote, que acaba saindo muito caro no conceito das pessoas como mostra o jornal espanhol. Um pouco mais de pudor jornalístico seria muito bem vindo.
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