Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 7 de julho de 2018

Os apuros da privataria


Não está nada fácil a vida dos tucanos às vésperas das eleições, vitimados por sua própria pequenez política que os levou a articular um golpe contra a democracia, depor uma presidenta honesta e legítima e ajudou a instalar o caos político e econômico.

Vinculado indelevelmente ao golpismo temerário abominado por mais de 80% da população brasileira, conforme todas as pesquisas de opinião, o PSDB foi quase dizimado politicamente depois de um desempenho eleitoral em 2014 que o apontava como uma força relevante.

Inexistente no Rio de Janeiro e no Nordeste, está prestes a perder a hegemonia política no Paraná, onde governa há oito anos e vive além do desgaste natural o acúmulo de acusações de malfeitos contra sua administração, resultando disso na ameaça de ser enxotado do poder.

Em São Paulo ocorre fenômeno ainda mais interessante, nos problemas que se avolumam e pintam um cenário sombrio. Geraldo Alckmin saiu do governo do estado para disputar a presidência do país, mas tem índices de intenção de votos perto do raquitismo político.

Pior. Acabou refém da aliança política que costurou sua candidatura e rachou essa base na disputa para o governo do estado. Resultado: sua tática mostrou-se ineficaz no plano nacional; e periga perder para a divisão de votos entre seus dois aliados.

Em Minas, sua maior liderança política é hoje um símile do depravado Michel Temer e todos correm léguas desse líder, ora visto como uma figura facinorosa que mais tira votos do que agrega, sendo sua presença na campanha tucana considerada morte política certa. Não por acaso, a esperança vem dos tribunais, com manobras pra impedir Fernando Pimentel(governador) e Dilma Rousseff(Senado) de disputar as eleições.

No Pará, Simão Jatene de olho na eternização no governo escolheu pra sucessor um vassalo fadado a derrota ou ao mero esquentamento da cadeira até a volta do 'dono'. Provocou a ira de correligionários que estão abandonando essa nau de insensatez e bandeando-se  para o lado de quem pode acenar com dias melhores pela frente, praticamente fechando as portas ao sebastianismo desajeitado de Simão.

Resumo da ópera, se a eleição fosse hoje o PSDB teria desempenho mais próximo de legendas nanicas do que daquele partido que passou 20 anos disputando o governo dentro dos marcos democráticos e até sendo governo por quase uma década, jogando na lata do lixo sua trajetória política em troca de uma aventura que a cada dia mais é alvo do repúdio popular. Triste!

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