Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 7 de julho de 2018

Até no futebol a Folha falha



Matéria de hoje da Folha Tucana(FSP) atribui a Fernandinho a responsabilidade pela derrota do Brasil pra Bélgica, associando-o ainda quase que individualmente ao fracasso contra os alemães na copa passada.

Imbecilidade em dose dupla. Começa que a falha no primeiro gol belga, ontem, não foi de Fernandinho, mas de Gabriel Jesus que deixou Vincent Company antecipar-se no primeiro pau e desviar o escanteio.

É verdade que Fernandinho fez sentir saudades do Casemiro, que certamente teria feito falta em Lukaku e impedido o contrataque que resultou no gol da vitória do time europeu, mas responsabilizá-lo diretamente e omitir outras culpas é reforçar a incolumidade de 'medalhões' também responsáveis pela eliminação.

Neymar e Felipe Coutinho jogaram o tempo todo evitando dar combate aos adversários, poupando-se visivelmente do risco de levar o segundo cartão amarelo que os tiraria do jogo seguinte, alheios a realidade que veio graças também a essa omissão e pra todo o time.

Quantas vezes Neymar levou a bola pra cima de seu colega de clube, Meunier, e conseguiu driblá-lo? Quantos chutes de Coutinho ultrapassaram a muralha que se formava à sua frente? Quantos chutes a gol Gabriel Jesus conseguiu dar?

São perguntas cujas respostas mostram um desempenho ofensivo pífio em 2/3 da partida e muito além da discreta atuação do volante do Manchester City e de grande peso na derrota da seleção brasileira.

Desgraçadamente, a pátria de chuteiras continua necessitando desesperadamente de heróis, deixando em segundo plano o jogo coletivo, anacronicamente impregnado pela crença que o talento individual é autossuficiente, embora se teime em jogar com onze.

Pior é ver pretensos formadores de opinião com avaliações canalhas, capazes de eximir de responsabilidades os heróis, ao mesmo tempo que fabrica anti heróis a fim de expiar, através da figura do bode expiatório, certas frustrações oriundas de cacoetes culturais. Não dá!

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