Em tempos de combate anunciado e sem trégua aos fake news nas redes sociais, quem, e como, serão combatidos os factóides políticos fabricados na tentativa de reanimar moribundos políticos?
Identificar a sede de uma faculdade, veiculada como sede da fazenda inexistente de um desafeto político até que não é difícil identificar, e desmentir.
Agora, como desconstruir um não fato vendido como a realidade fruto do heroísmo de alguém improvável à tarefa de defesa dos interesses da comunidade?
Como comprovar que foi um ato de desassombro o gesto individual que fez um governo recuar do passo adiante que nunca deu? Isto pode ser contabilizado como algo real?
Nesses tempos em que fundamentalistas religiosos renegam suas seitas, políticos investem contra governos de que são integrantes, burocratas inventam diagnósticos ao sabor da conjuntura a fim de atender interesses escusos percebe-se que isto faz parte da fabricação de uma realidade paralela com fins eleitoreiros.
Nesse sentido, o fake pode muito bem deixar de ser um ardil virtual, passando à fabricação de um universo cuja fonte é a fantasia registrada como realidade, mas aparentemente não fazendo parte daquilo que está sob lupa persecutória.
Assim, mesmo sendo um ato criminoso, o tal fake certamente será muito menos lesivo à sociedade e à democracia do que o factóide, geralmente criado na grande mídia e difundido sem rodeios a fim de iludir a sociedade. Estão aí o caçador de marajás e o moralismo togado/midiático pra atestar.
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