Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Os patéticos



No início de 2016, ano do golpe parlamentar-judicial que atirou o Brasil no imponderável, seria louco quem dissesse que chegaríamos às eleições presidenciais de 2018 com a direita reduzida a candidaturas patéticas.

No infeliz ano novo que começava, as pesquisas indicavam – pode parecer incrível a você, hoje – Aécio Neves com o líder das intenções de voto, com 27% das intenções de voto no Datafolha. Fosse Alckmin o candidato tucano, ainda teria um patamar do qual partir, com seus então 14%

Jair Bolsonaro era apenas um pequeno quisto (4%, na pesquisa de dezembro de 2015) e Henrique Meirelles estava a poucos meses de ser apresentado como líder do “dream team” que salvaria o país da recessão.

Hoje, exceto por Bolsonaro, que virou mesmo um tumor, a direita brasileira reduziu-se a candidaturas patéticas.

Henrique Meirelles é uma piada dentro do próprio (P)MDB, apenas um “é o que temos” com dinheiro suficiente para que os deputados do partido não tenham de gastar o fundo partidário com um fiasco, digo, uma candidatura presidencial.

O PSDB, agora sem o seu falecido Aécio, amarga índices de inacreditáveis 5 ou 6% para Alckmin e se vê diante da inimaginável situação de poder perder até mesmo em seu quartel general, São Paulo.

Meirelles e Alckimin vivem a patética situação de não serem defenestrados das candidaturas apenas por absoluta falta de outros que caibam nesse lugar. Dória, o aventureiro que surgia como opção, esfarinhou-se e Temer e a Lava Jato encarregarem-se, no MBD, de moer qualquer sonho de continuidade do infeliz ocupante do Planalto.

Bolsonaro virou seu candidato, apesar do teto da repugnância em que esbarra e o patético da situação agora se agrava com a anunciada tentativa de Geraldo Alckmin em “polarizar” o debate com ele.

Os tucanos verificarão, amargamente, que não há debate possível com o candidato que construíram com seu ódio, porque poucos, entre os dele, se importam com qualquer traço de razão. Bolsonaro cresce em seu próprio silêncio e deixa que seu discurso seja o ódio que tucanos e mídia construíram e constróem.

A polarização que decidirá a eleição está em Curitiba e não dá sinais de se abrandar: na pesquisa que citei, Lula tinha 20% das intenções de voto e hoje, mesmo encarcerado e apresentado ao país como alguém que está inexoravelmente fora da disputa, tem 30%.

O golpe é patético, como patética é a situação de seus promotores.

Levaram o país a um torvelinho que, infelizmente, está muito longe de seu fim.
(Fernando Brito/ Tijolaço)

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