Segundo a professora Marilena Chauí, o 'verdeamrelismo' surgiu como instrumento legitimador da hegemonia dos proprietários de terra, algo que durou até o final da República Velha.
Depois de vivermos a expectativa e a consolidação meia-boca do nacional desenvolvimentismo, veio a ditadura empresarial/militar que nos impôs uma outra noção desse conceito.
Como um dado, dom de Deus e da Natureza e algo por fazer. Isto significa que o Brasil "resulta da ação de três agentes exteriores à sociedade brasileira: os dois primeiros são não só exteriores, mas também anteriores a ela; o terceiro, o Estado, tenderá por isso a ser percebido com a mesma exterioridade e anterioridade que os outros dois".
Talvez por isso o povo brasileiro, mantido secularmente à margem da construção dos parâmetros que caracterizam uma nação/estado, esteja agora relegado a reles condição de torcedor de um time de futebol cujo 'verdeamarelismo' é apenas meio de vida da alienante indústria do divertimento, pois até o direito à escolha do chefe desta nação lhe foi usurpado.
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