Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

O polêmico desabafo do radialista Claudio Guimarães



O radialista e colunista do caderno Bola, do Diário do Pará, Claudio Guimarães, merece todo o nosso respeito por sua história na crônica esportiva, daí seu protesto legítimo e cheio de revolta contra dirigentes dos clubes paraenses ter alcançado grande repercussão.

Todavia, em que pese sua crítica ter pontos importantes nesse debate, aqui e ali o protesto peca pela generalização e, principalmente, pela descontextualização de algumas das mazelas apontadas, como se a dupla RexPa fosse uma ilha de excelência sob parasitismo de oportunistas.

Julgo um exagero recheado de imediatismo, por exemplo, a comparação entre as situações administrativas de Paysandu e Fortaleza, sugerindo que o time cearense é exemplo enquanto o Papão é um mar de incompetência.

Cláudio diz que o Fortaleza tem 22 mil sócios-torcedores, mas não diz que a capital cearense tem dois milhões de habitantes a mais que Belém; que a nossa capital tem a pior renda per capita domiciliar do Brasil, assim como nada diz a respeito de mais da metade da população economicamente ativa paraense sobreviver às custas de benefícios do INSS.

Além disso, o Leão alencarino vive sob a euforia da ascensão, depois de mais de uma década de sofrimento na 3ª Divisão do Campeonato Brasileiro, sem que se saiba como o clube se virou nesse período, inclusive qual o número de sócios-torcedores havia em seus quadros.

Claro que a direção do Paysandu não está acima de críticas, aí incluída responsabilidade pelo desempenho ciclotímico do time na Série B. Porém, que isto não contamine uma avaliação séria que reconheça todos os avanços administrativos do clube, reconhecidos para além das fronteiras do estado. O próprio Fortaleza só criou sua marca própria de uniforme depois da criação da Lobo. É isso.




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