Seria de admirável ironia, não fosse referência a uma tragédia, a frase do advogado Samuel Gomes, "Pronto! O Reitor já pode ressuscitar tranquilo".
Era menção à conclusão do inquérito da Polícia Federal a respeito das acusações contra o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier, inocentado por falta de provas ou testemunhos que o incriminassem.
Só que o infeliz mestre suicidou-se, após ser vítima da truculência de uma delegada da Polícia Federal, que o prendeu em operação espetaculosa, sob acusação de desvio de R$78 milhões da Universidade Federal de Santa Catarina.
Desde o começo da pirotecnia repressiva já se sabia do caráter autoritário e irresponsável da ação da PF, na medida em que essa quantia era o total da dotação do programa no orçamento daquela universidade e ninguém seria tolo de chamar atenção com ação tão audaciosa.
Agora o inquérito é encerrado concluindo que não houve aquilo que a monstruosa delegada havia anunciado e o nome do reitor da UFSC está limpo. Mas ele está morto, pois não suportou ver seu nome atirado à lama de forma sumária e leviana.
E a tal delegada? Será poupada de responder pela morte de um inocente que causou? Por ser egressa da farsante Lava Jato será considerada acima da lei, logo, imune a responder pelo seu ato vil? quem é que responderá essas questões? Quem?
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