Fora a delinquência usual global, de trocar o boi pelo bife, dar ênfase ao triunfo do voto nulo sobre os demais candidatos em um cenário sem o Lula, justamente para esconder o fato da liderança do petista em todos os demais cenários, uma coisa chamou a atenção em outra pesquisa nesse período.
Foi um Datafolha, encomendado pelo Conselho Federal de Medicina, a respeito de qual deve ser a prioridade do próximo governo, dando na cabeça o item saúde com o dobro das menções ao segundo colocado- educação(40% a 20%).
É sintoma que a histeria moralista perdeu fôlego, credibilidade e ruiu assombrosamente, despencando de uns 60% no auge do morismo fabricado para 14% nesse Datafolha.
Como já havia acontecido com a própria fama de justiceiro do jagunço togado, agora sob desconfiança de 2/3 da população brasileira, seu enredo também começa a desabar principalmente porque restou provado que ambos, enredo e seu autor, não passam de nota de três reais.
Assim, a política vai aos poucos voltando ao debate da sociedade com grandes perspectivas de se ter um cuidado maior do eleitorado na hora das escolhas, principalmente por boa parte daqueles que abandonaram gangues midiáticas como fonte de informação.
Não por acaso, mesmo preso Lula é preferido por um em cada quatro eleitores que se manifestaram e com a enorme capacidade de, mesmo sequestrado pra que não saia candidato, transferir metade dessa preferência, o que daria ao seu candidato a capacidade de entrar no pleito ocupando o segundo lugar.
Por isso as gangues midiáticas se fazem de besta quando se diz que eleição sem Lula é golpe. Claro. É a mais debochada tentativa de burlar a vontade soberana do povo, desde quando os milicos tentaram impedir Jango de tomar posse após a renúncia de Jânio.
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