Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 10 de junho de 2018

Discrição bandida



Augusto Nardes, o celerado ungido ao TCU pelo PFL para conservar a tradição de fazer daquela pretensa casa de julgamentos de contas em valhacouto de políticos enxotados do parlamento pelo povo, foi o fornecedor dos papéis que levaram à histeria condenatória de Dilma e ao impeachment.

Quando Nardes apareceu em público como moralizador, veio junto a folha corrida de seu filho, um advogado sócio do pai no uso do cargo para fazer negociatas que levaram à fortuna de ambos, pai e filho, dois malfeitores que agiam à luz do dia certos que a impunidade de seus crimes seria a recompensa pela vilania contra uma presidenta honesta.

Hoje, uma dessa colunas dos jornalões de circulação nacional fornece dados de uma ação da Polícia Federal na residência de Nardes, há dez dias, em busca de documentos que esclarecem a trajetória bandida do dito cujo, com um componente bizarro.

Segundo a coluna que noticia o fato, o ministro Dias Toffoli, que autorizou a ação contra Nardes, determinou que a mesma fosse feita com carros da polícia descaracterizados. Se bobear, até carros de locadoras para que o aperto em um bandido protegido pela justiça pareça tudo, menos que aquilo seja visto como o aperto em um bandido.

Mais uma vez, os excêntricos modos institucionais brasileiros levam à uma situação que deveria ser de rotina acabar sendo transformada em bizarrice, em que a polícia cumpre seu papel de forma envergonhada enquanto o malfeitor acaba posando de magnânimo cidadão. Não dá!  

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