Deplorável o papel do ministro Edson Fachin, do STF, ao retirar da pauta da 2ª Turma do STF o julgamento do dia 26 próximo o recurso da defesa de Lula.
Restou a imagem de um togado da mais alta Corte de justiça do país pautado na pusilanimidade e cinismo ardiloso, pois sabe que os dois tribunais aos quais está posta a tarefa de julgar outros recursos do preso político Lula têm perfil semelhante ao seu.
Enquanto isso, o Poder Judiciário brasileiro vai fornecendo uma imagem de justiça politiqueira e conservadora ao mundo, condição agravada pelo salve-se quem puder verificado no comportamento de alguns togados que procuram dissociar-se dessa cumplicidade abjeta com o golpismo salafrário.
Com efeito, quando o ministro Marco Aurélio Mello dá entrevista à mídia portuguesa e declara enfaticamente que a prisão do ex-presidente é ilegal, claro que o ministro demonstra desassombro, porém, fornece ao mundo o grau de cumplicidade daquele Poder com aquilo que o mundo repudia.
Que a torpe e canalha decisão de Fachin não encerre a questão e consolide a parte final do golpe, que é impedir a legítima e vitoriosa candidatura Lula. Que a soberana instância popular demonstre sua força suficiente pra derrotar a atitude vil de um dos togados mais abomináveis da história do Poder Judiciário.
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