Lula disse a parlamentares que o visitaram em seu cárcere privado que Ciro Gomes é bom quadro, mas não é uma liderança.
Frase precisa para definir alguém que atira para todos os lados e mais espanta do que atrai aliados, algo fundamental nesse momento em que o campo golpista apodrece e se esgarça.
Pode até aparecer um desses moralistas de esquina de meretrício pra defender esses rompantes afirmando: ótimo. Assim, não teremos aquelas alianças espúrias que levaram Temer a homiziar-se como um pangaré troiano no Palácio Jaburu e de lá sair para assumir o comando do golpe.
Menos. Hoje em dia não há no Brasil um super herói que vença solitariamente o confronto com a direita empoderada pelo golpe, apesar de eventuais arroubos retóricos.
Que são desmentidos pela dura realidade vivida, em que pouquíssimas legendas guardam identidade política mínima em torno de um objetivo e esses arroubos acabam omitindo-se diante da realidade que o circunda.
É do conhecimento até do reino mineral, como diz o mestre Mino Carta, que o partido de Ciro abrigou nos anos pré golpe uma chusma de oportunistas que muito contribuiu para a desestabilização de um governo de esquerda, bem como colaborou com o voto para sua derrubada.
Dito isto, entenda-se o que está implícito na mensagem lulista em termos de perspectiva para o partido dos Trabalhadores para as eleições de outubro: o PT terá candidato próprio no primeiro turno ponto.
E este candidato, até esgotarem-se todos os fronts de luta, é Luís Inácio Lula da Silva. Caso esta possibilidade seja derrotada, então, um outro nome dentro da legenda será debatido e apresentado ao julgamento popular, no tempo que a lei eleitoral considera hábil.
No segundo turno, caso haja, aí sim haverá conversas entre os mais identificados a fim de ver qual a melhor solução pra tirar o Brasil do atoleiro em que está metido pelo golpismo larápio. Só isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário