História e causos

Elio Gaspari, enfim, descobriu a pólvora ao constatar que a história do Brasil continua a ser escrita nos EUA.

Menos. meu prezado. São escritos nas labirínticas dependências do estado tiosânico apenas aqueles capítulos onde os do andar de cima fornecem material para que isto ocorra, ao pedirem socorro ao imperialismo pra criar mecanismos que permitam que voltem a judiar da plebe.

Nesse sentido, vida longa ao apatetado Gaspari, para que constate o que a CIA vazará da Farsa Jato daqui a um tempo, quando já terá passado o efeito persecutório e falso moralista desse aventureirismo togado que quebrou nossa economia e sacaneou com as maiores lideranças políticas do país, em troca de colocar no poder a mais audaciosa quadrilha de ladrões registrada na história de Pindorama.

Os detalhes apresentados por Elio, hoje, em sua coluna, são apenas recursos pra tentar salvar a credibilidade daquilo que escreveu baseado no papelório que lhe foi fornecido pelo staff do ditador Geisel. É acessório factual ordinaríssimo, geralmente usado ao bel prazer de quem se propõe a escrever platitudes sobre determinado assunto.

O principal está nos EUA porque foi lá que que os fatos principais foram tramados. Era para lá que o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, o primeiro da linhagem sanguinária e fardada, ia semana sim outra também, receber as instruções de como golpear nossa democracia sob os aplausos pascácios dos antecessores dos biltres que foram às ruas de camisa amarela, em 2016.

Todavia, mesmo que viva duzentos anos, desconfia-se que Gaspari jamais entenderá que não é a bagunça reinante nesses processos espúrios que conta, mas a organização da nossa vida aos moldes daquilo que interessa aos big shots dos EUA. Uma pena!