Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Eleição sem Lula é a repetição da tragédia de 1985



Frequentemente, as gangues midiáticas que monopolizam os meios de comunicação tradicionais soltam notinhas em seus papeluchos sugerindo a possibilidade de negociações visando trocar a liberdade de Lula por renúncia à sua candidatura presidencial.

Não sei se esse tipo de proposta indecente alguma vez chegou à direção do PT, que até aqui tem mantido uma postura política altiva ao declarar reiteradamente ser o ex-presidente o candidato do partido, constituindo-se em fraude o impedimento desse direito via falsificação judicial.

A desprezível sentença, prolatada pelo não menos desprezível juiz curitibano e corroborada por seus vassalos de segunda instância, baseada em provas falsas e documentos fraudados, por si só já aponta pra inocência do petista e ratifica seu direito à disputa.

No entanto, a negociata sugerida lembra uma outra vil negociata recente que desmobilizou o povo das ruas e fez triunfar um pacto abjeto, tramado em bastidores visando adiar novamente o direito soberano do povo na escolha do seu governante.

Falo da substituição da campanha das 'Diretas, já!', que levou multidões às ruas e foi traída por um covarde pacto político que inventou um catastrófico 'Tancredo, já!', derrotando a Emenda Dante de Oliveira no Congresso e deixando como alternativa a candidatura do pemedebista, escoltado pelo ex-presidente da Arena José Sarney.

Não precisa aqui ser repetitivo porque todos conhecem o desfecho disso, a trágica morte de Tancredo, a assunção de Sarney e a consequente manutenção de todo o entulho autoritário que garantiu sobrevida aos interesses das elites, até que o velho Ulisses Guimarães conseguisse levar a termo o trabalho do Congresso Constituinte e alguns avanços sociais fossem conquistados.

Ulisses morreu misteriosamente, Temer chegou ao poder após golpe jurídico/midiático/político contra uma presidenta honesta e aos poucos os donos do poder vão rasgando a Constituição que os derrotou em 1988, repondo o iníquo sistema de vilipêndio a direitos sociais que a ditadura criara.

Hoje, essa direita viralata sem voto, sem candidato viável e desesperada pela manutenção dos privilégios que o larápio Temer impôs, busca fazer negociata igual aquela feita em 1985 contra as eleições diretas, barganhando a exclusão do candidato favorito da população brasileira, na vã esperança de ungir um conservador ao poder, a peso de ouro.

É fundamental que essa vigarice seja denunciado ao mundo, bem como cobrança de sanções econômicas contra o Brasil sejam sugeridas a fim de desnudar esse consórcio macabro que tomou o poder e transformou o governo brasileiro em balcão de negociatas com multinacionais estrangeiras, sob patrocínio do infame direito penal curitibano.

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