Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 21 de março de 2018

É tempo das vacas não reconhecerem seus bezerros



Pela levada da desentoada seresta lorótica, o pote governista rachou de cima a baixo entre o governador Simão Jatene e seu vice Zequinha Marinho, resultando disso que ambos tomarão rumos opostos.

Zequinha tomou decisão política com seu partido de ficar no cargo até 31 de dezembro próximo, contrariando a trama de Simão, que previa a desincompatibilização de ambos, Jatene e Zequinha, a fim de deixar o presidente da Assembléia Legislativa no mandato tampão e com a perspectiva de concorrer a reeleição com apoio do governador.

Alegando maus tratos a seus aliados por parte do governador(por que só agora?), o vice não aceitou a artimanha do violeiro fracassado e resolveu fazer beicinho colocando pitadas de emoção nessa pendenga.

Simão, agora, tem dois caminhos: ou fica até o fim para neutralizar os possíveis planos malignos do vice, ou sai em busca da imunidade que prolongue sua impunidade diante de um processo que irá completar quinze risonhas primaveras em breve.

Mais certo que o ex-cantor de barzinho saia. Afinal, é flagrante que está pouco se lixando pra quem o sucederá, muito menos o candidato apoiado por seu partido. Sua obsessão é voltar em 2022, por isso deve sair em busca de uma vaga no Senado Federal, sendo inegavelmente favorito a levar uma das duas em disputa.

Mesmo que perca a máquina eleitoral do governo, certamente moeda de troca do vice com quem o persuadiu a ficar até o fim, ainda assim Jatene tem peso eleitoral suficiente pra chegar a chamada Câmara Alta.

Assim, vai se configurando o quadro da futura disputa eleitoral, marcada pela indiferença e descrença do eleitor. Não por acaso, quase 90% declararam, em recente pesquisa, não ter candidato, bem como mais de 70% disseram de suas intenções em não votar em ninguém pro parlamento.

Diante disso, todas as consequências serão consideradas normais na medida em que à maioria dos postulantes aos cargos pode-se muito bem aplicar aquela célebre palavra de ordem ecoada na Semana de Arte Moderna(1922), 'Nós ainda não sabemos o que queremos. Só sabemos o que não queremos'. Simples assim.

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