Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

"Onde mora a liberdade não tem ferro nem feitor..."



O jornal dos Barbalhos certamente dirá que Simão Jatene devia seguir o exemplo de Luís Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro, e também solicitar o envio de tropas federais pra combater a violência fora de controle cá pelo Pará.

Claro que a situação por aqui não atinge as proporções alcançadas no Rio, embora algo muito grave nos leve crer que o atual aparato público do setor não está apto a dar a segurança mínima que a sociedade paraense exige, principalmente por omissão do atual governante.

No entanto, a motivação de Pezão pode ser outra totalmente diferente daquilo que faz crer a mídia barbálhica, como se o envio de tropas da Força Nacional resolvesse o problema da violência, tanto a praticada por bandidos quanto a oriunda da ação de grupos de extermínio, falando do caso específico do Pará.

Quanto ao Rio de Janeiro, um estado em que a segurança pública saiu do controle das autoridades há muito tempo, coincidentemente só depois do carnaval é que o governador parece ter percebido a extensão do caos, mesmo depois dessa guerra civil ter feito dezenas de vítimas, quiçá centenas.

Como é recorrente, a solução buscada é a repressão contra o risco da convulsão social atingir a política, principalmente depois das manifestações de execração ao golpismo que se seguiram ao desfile da escola de samba Paraíso do Tuiuti.

Entramos, pois, no terreno do imponderável a partir do risco dessa doença social agravar-se pela aplicação do remédio, com toque de recolher em certas áreas, prisão e até extermínio de suspeitos que tenham aquele perfil traçado pelo figurino da repressão, além da possibilidade de criminalização de certos grupos que operam trabalhos sociais nos morros.

Não por acaso, vassalos midiáticos do golpismo saíram em defesa do presidente/ladrão e contra a exposição carnavalesca da figura patética do fantoche golpista, apelando pra acusação farsesca à escola de Tuiuti de não praticar aquilo que reivindicou em suas críticas, de resto, vigarice de bajuladores a mostrar serviço a seus donos.

Enfim, é bom não criar ilusões a respeito da designação de um general pra administrar a segurança pública no Rio, provavelmente com poderes discricionários. Aconselhável, também ficar atento na medida em que a história nos ensina como essas aventuras começam, mas nunca sabemos como terminarão.

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