Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Intervenção é risco à realização de eleições


O golpismo parece ter finalmente achado o enredo do prolongamento do golpe. Trata-se do ardil que estenderá a outros estados da federação brasileira a decretação de intervenção do Exército na segurança pública.

Para isso, Temer até sacrificou a malafamada e famigerada reforma da previdência, inviabilizada na pauta do Congresso Nacional por conta da perspectiva do entupimento daquela com matérias oriundas do Poder Executivo, versando a respeito do tema intervenção.

Há o risco iminente do aprofundamento do estado de exceção ora vivido no país, caso as tensões permaneçam e os índices de criminalidade aumentem, ocasionando encenação midiática superfaturada, bem como o clima de tensão e a consequente abertura da possibilidade da decretação do estado de defesa ou de sítio.

Conforme determina o parágrafo 2º, do artigo 136, da Constituição Federal, o estado de defesa poderá ser decretado por trinta dias, prorrogáveis por igual período; enquanto o artigo 138, § 1º, estabelece o mesmo período de duração do estado de sítio, mas sem a possibilidade da prorrogação de sua vigência.

Assim, é provável que a primeira alternativa, estado de defesa, seja a alternativa idealizada por Temer para suspender as eleições de outubro próximo, decretando a referida medida em primeiro de outubro, com a possibilidade de prorrogação, que duraria até 30 de novembro.

O fundamento dessa segunda etapa do golpe seria "... preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional...", conforme reza o caput do artigo 136.

A sopa no mel para o larápio golpista, que certamente fala em reeleição em tom diversionista na medida em que sabe não ser possível pensar em reeleição com uma taxa de rejeição na casa de mastodônticos 90%.

Diante disso, ocupar as ruas contra a reforma da previdência tornou-se até demodé, sendo urgente, entretanto, mobilizar a população contra a parte II do golpe, tarefa espinhosa mas necessária, pois trata-se de algo urdido nos porões do golpismo e com um enredo marcado por um tom dissimulado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Há um grande risco. Temer se perpetuar no poder, por meio de um golpe de estado. Mandar as eleições eras cucuias e manter os mesmos até a próxima. Muita água haverá de passar na ponte.