Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Parece. Mas não é


"A inserção do ex-Presidente Lula no macro esquema de corrupção da Petrobrás é o produto psíquico de uma hipótese obsessiva antiga, concebida e perseguida pelo Juiz Moro de modo compulsivo desde os primórdios da Operação Lava Jato, com o apoio do capital midiático-financeiro e dos partidos políticos da grande burguesia nacional e internacional – amigos íntimos do Juiz Moro como mostram fotografias e homenagens públicas", diz o professor de direito penal Juarez Cirino dos Santos a respeito do pânico que toma conta das elites só em pensar enfrentar Lula em embate democrático.

Quem leu o artigo de domingo último, de autoria do veterano e venal Elio Gaspari, aquilata do que se trata. Há um acomodamento retórico ao auto engano como forma dissimulada de transparecer convicção que Lula prevaricou.

Afirmar, como afirmou Gaspari, que a Caixa Econômica representa para o MDB o mesmo que representou a Petrobras pro PT é encenação de convicção a fim de passar ao leitor a ideia consumada do enredo, enfim um "produto psíquico de uma hipótese obsessiva".

Claro que o velho e reacionário Elio não ignora o regime de compras diferenciadas, instalada na Petrobras por FHC e porta aberta pra promiscuidade com as empreiteiras, assim como não desconhece a origem funcional de todos aqueles diretores da empresa que operavam para políticos do PMDB e PSDB.

Acontece que o grande público não domina essas nuances, daí a convicta relação que o referido artigo passa, escudada na máxima de Roberto Marinho e a ocultação como algo mais importante do que é veiculado.

Dezenas, centenas, talvez milhares de relatos surgidos no bojo da Lava Jato poderiam esclarecer o enredo da roubalheira verificada na Petrobras, principalmente nos tempos da Privataria Tucana.

Ocorre que a mídia ocultou tudo à época e agora resume seu noticiário ao que vazou seletivamente, de acordo com o enredo concebido pelos mentores daquilo que na revista Carta Capital surge sob o título de 'Operação Atalanta'.

Nesse cenário é pouco provável uma absolvição de Lula na medida em que sua inviabilização eleitoral vem sendo tramada desde 2014. No entanto, a pressão popular, bem como a pressão internacional podem inibir a patranha pseudo jurídica em que se escuda o impedimento de Lula.

Resta saber se esse consórcio, formado pelo capital midiático-financeiro e dos partidos políticos da grande burguesia nacional e internacional estão dispostos a enfrentar o desgaste e as consequências políticas de uma condenação judicial baseada em uma tramoia. A conferir.

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