Paulo Henrique Amorim está com Ciro Gomes. Acha heresia a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, anunciar que Lula lançará uma nova 'carta ao Povo Brasileiro'., mas parece acreditar que Ciro é um quadro da esquerda.
Quáquáquá. Lula presidiu o país por oito anos, quando iniciou os programas que tiraram o país do mapa da fome, fez política internacional respeitada a ponto de merecer citações de Noam Chomsky em seu livro 'Quem Manda no Mundo?', fez o pré-sal coroamento do papel da Petrobras que foi o sonho de grandes brasileiros e tudo isso depois de lançar a primeira 'Carta'.
Ciro Gomes foi apenas um governador tucano, dirigindo o Ceará sob o receituário tucano e só abandonou o ninho depois que ele e seu parceiro, Tasso Jereissati, se viram banidos da linha sucessória privata pelo poder de veto da linhagem paulista.
Aí, foi estudar em Harvard e voltou com um discurso bonitinho, mas sempre ensaiando o papel de outsider, claramente pra que não fosse confundido com políticos, ou seja, sorrateiramente colocou-se como beneficiário da criminalização que a mídia sórdida faz dos políticos com intenções salvacionistas.
Certo é que, com carta ou sem carta, Lula mete medo na direita brasileira e na Rede Globo que mantém vivos os débeis sinais vitais dessa escumalha. Ciro, sim, é uma aposta no escuro sendo incerto que resista a pressões políticas das forças terríveis de que falava Janio Quadros, outro irascível que renunciou após sofrer esse acocho.
Vejamos como Ciro se comportará como candidato, principalmente na situação de consolidação da candidatura do ex-presidente. Até aqui, o ex-governador tem sistematicamente feito coro ao jogral midiático que demoniza Lula. Se continuar assim, corre o risco da auto inviabilização, vitimado que será pela lábia midiática que o usará e o descartará. Ou não, PHA?
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