Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Belém refém do descaso


Belém do Pará completou 402 anos de existência sem ter o que comemorar e assim passou a data do aniversário, sob total indiferença de seu governante, sentimento contagioso à população.

Já há uns cinco anos a capital paraense vem sendo deficitária na geração de postos de trabalho com carteira assinada, assim como vê seus filhos remunerados na mesma proporção precária, daí ser uma das piores capitais do país em renda per capita.

Por conta disso, o noticiário vem destacando a quantidade de empresas que ensaiaram aqui instalarem-se, mas, após pesquisa de viabilidade econômica, desistirem pelo risco altíssimo de prejuízo por ausência de consumidores.

Por aqui, só comércios de produtos chineses se dão bem, só a quantidade de vendedores ambulantes cresce, na mesma proporção em que lojas comerciais, outrora pooderosas, fecham suas portas e colocam na rua da amargura milhares de trabalhadores, muitos com uma vida indeira inteira dedicada a servir esses patrões.

Assim, não causa estranheza que os shoppings da cidade operem em média com metade das lojas construídas funcionando, bem como alta rotatividade na ocupação desses espaços que cobram preços fora da realidade vivida por nossa cidade.

Pior de tudo é que não há perspectiva de melhora no horizonte, mercê de um poder público, que deveria funcionar como indutor do desenvolvimento econômico do município, fulanizar a administração reduzindo-a à extensão privada dos interesses desses inquilinos do poder.

Mais que a estagnação, deparamo-nos com a destruição daquilo que foi construído no passado, sem que algo semelhante tenha substituído aquilo que fora destruído.

O outrora próspero bairro do reduto, de vocação industrial, hoje não passa de espaço decadente que nema lembra esse passado, o mesmo valendo para o distrito de Icoaraci e paremos nesses dois exemplos para não cansar o leitor.

Para fugir dessa descida só resta uma saída: devolver a cidade a seu povo, já que ela não pertence a qualquer segmento patronal, não pertence a shoppings e muito menos é bem privado de gestores inescrupulosos. Só o resgate da dignidade social e econômica de seus moradores nos fará trilhar novamente o caminho do amor a ela fazendo-a bela e próspera como todos sonhamos que seja. 

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