Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
A justiça e a chefia de quadrilha
O ex-ministro Ciro Gomes classificou publicamente Michel Temer como um mero 'chefe de quadrilha', em vez de presidente da República.
Sentindo-se ofendido, o inquilino acidental do Planalto apresentou na justiça uma queixa-crime contra a desabonadora declaração da qual foi vítima.
Pois bem, a justiça ignorou a queixa e acabou por corroborar o que disse Ciro ao sentenciar que, na atual conjuntura política, não dá para dizer que o ex-ministro ofendeu o presidente golpista.
Então ficamos assim. A justiça brasileira pode até não achar, mas dá razão a quem acha que Michel Temer não um presidente do Brasil, mas um 'chefe de quadrilha'.
Talvez, a sentença tenha sido prolatada sob o calor da busca e apreensão nos bunkers do aliado temerário, deputado Lúcio Vieira Lima.
Sendo Lúcio irmão do Geddel, ora preso, um fiel aliado da mesa e cozinha política do covil temerário, algo que só ilustra fartamente o conceito de 'quadrilha' cuja chefia é ocupada por Temer.
No mesmo dia do conhecimento da referida sentença, o Senado revogou decisão do STF de afastar Aécio Neves do mandato, creditando-se a Temer o gasto de R$200 milhões de dinheiro público pra persuadir alguns votantes.
O que fica desse episódio é a lição que ensina a diferença entre governantes no trato do dinheiro público e o destino dado a esse dinheiro.
Sob Dilma e Lula, o orçamento bancava políticas públicas que tinham o objetivo de melhorar a vida do Brasil, tais como ProUni, Bolsa-Família, PAC, valorização do salário mínimo etc.
Sob Temer, o orçamento virou prioritariamente peça da barganha política visando garantir a hegemonia política do grupo dominante.
Então, conclui-se que a apropriação privada do dinheiro público a fim de atender interesses escusos caracteriza-se, sim, como formação de quadrilha.
Ciro está certo e a justiça reconhece isso ao recusar-se a puni-lo pelas declarações. Pena que a justiça não vá mais além e coloque um freio no apetite da quadrilha. Simples assim.
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