No primeiro momento até fez coro na tipificação correta da chacina no município paraense de Pau D'Arco, quando dez lavradores foram assassinados covardemente por policiais, conforme relato de alguns das três dezenas de sobreviventes à Comissão de Direitos Humanos da Alepa.
Mas, como ficou claro posteriormente, era apenas uma forma de desgastar o governador Jatene. Bastou que corporações da área da produção rural viessem a público criminalizar os mortos para que o lado fazendeiro do proprietário do jornal prevalecesse.
O tratamento dado ao lamentável fato ocorrido ontem na Assembléia Legislativa, quando ia ser lido o relatório da Comissão de Direitos Humanos daquela Casa, revela muito desse sectarismo, ao chamar de bate boca aquilo que o jagunço e parlamentar Eder Mauro desferiu contra o deputado Carlos Bordalo, autor do texto do relatório que classificou como chacina o ocorrido em Pau D'Arco.
Nada mais natural para quem entre os seus parlamentares gente da laia do celerado Osmar Serraglio, o deputado Priante, incentivador irresponsável da grilagem, sem contar com o vereador de Belém Joaquim Campos, um genérico rude do que de mais boçal existe nas bancadas do boi e da bala. cujo discurso preconceituoso certamente arrancaria vivas do nazista Jair Bolsonaro.
Diante disso, como acreditar nos bons propósitos da mídia barbálhica em combater a violência? Logo ela, a mídia, que constrói grande parte de sua audiência televisiva local às custas da exploração irresponsável da proliferação dessa violência e com a qual contribui. Lamentável!
Nenhum comentário:
Postar um comentário