Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Gilmar e o "direito penal de Curitiba"


Depois da decisão da 8ª Turma do TRF-4, que destruiu a sentença condenatória de João Vaccari Neto, dada pelo juiz Sérgio Moro baseada apenas em delações, agora é o ministro do STF, Gilmar Mendes quem desqualifica o trabalho do venal juiz, de roldão de toda a força tarefa que o dito cujo comanda.

Dentre as graves acusações contra Moro, feitas por Gilmar, estão a de que criou um "direito penal de Curitiba", bem como colocou sob suspeita o instituto da delação sob o "direito penal curitibano" acusando-o de poder vir por encomenda.

Como nem tudo em Gilmar é seriedade, antes, o contrário, deve-se ressaltar que a citação da insólita situação curitibana é motivação pra defesa de Temer, feita pelo ministro, vitimado por denúncia ilegal e atrapalhado na sua função de governar o país, de acordo com Gilmar.

Ou seja, o ministro usa o exemplo certo para aplicá-lo ao caso errado. Temer está sob forte provas documentais a respeito do seu envolvimento em arrecadações de dinheiro feitas à margem da lei e é isso que conta.

Vale lembrar que o PGR não restringiu sua denúncia contra Temer ao que declarou Joesley Batista, mas reuniu farta documentação e anexou ao processo, daí parecer tática solerte ignorar a documentação e centrar o fogo da defesa apenas na desqualificação do delator.

Claro que diante da robustez das provas a defesa de MT tem que traçar uma estratégia que coloque essas provas em segundo plano e é isso que parece será feito. Infelizmente, não pela defesa constituída pelo acusado, mas por quem terá o dever de julgar, o que só reforça a situação teratológica ora vivida no país.

Monstruosidades muito bem retratadas, por sinal, nas críticas de Gilmar Mendes aos operadores do "direito penal curitibano".

Vale dizer, as instâncias superiores sabem dessa aberração. Então, por que não tomam providências? Por que o CNJ não julga a representação que dorme nas suas gavetas contra o juiz Sérgio Moro?

Deve haver alguma serventia ao golpe essa situação de exceção legal a ponto de fecharem os olhos à mentira, força bruta e iniquidades que marcam o comportamento daquela trupe de torquemadas.

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