Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 7 de maio de 2017

Moro e o capitão Mendoza


Lula visitou neste sábado (6) a feira do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Parque da Água Branca, na zona Oeste de São Paulo. No local, almoçou com lideranças do movimento e personalidades nacionais e internacionais, como o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, o economista Paul Singer, o ator Sérgio Mamberti e a chef de cozinha Bela Gil, filha do compositor e ex-ministro Gilberto Gil.

Durante a caminhada de menos de um quilômetro, que durou mais de hora, Lula ganhou abacaxi do Triângulo Mineiro, amendoim do Pará, uva do Paraná, entre muitos outros produtos tirados da terra por aquela gente emocionada e agradecida por tudo que fez na presidência do país o maior  popular já conhecido no Brasil.

É pouco provável que o Torquemada do Paraná pense em confiscar esses presentes, como fez com aqueles que Lula ganhou quando foi presidente da República. Afinal, Moro tem a mentalidade do capitão Mendoza, antes da conversão.

Mendoza é o personagem vivido por Robert De Niro no filme A Missão, de Roland Joffé, marcado pela crueldade com que tratava os índios que caçava para disponibilizá-los à escravidão mantida pelas coroas subscritoras do Tratado de Tordesilhas.

Mendoza converte-se em ser humano exemplar e amigo daqueles a que perseguia, após passar por tragédia familiar que quase o leva a cometer suicídio.

Evidentemente, ninguém aqui deseja que Moro passe por alguma tragédia familiar que o humanize. Porém, é impossível deixar de referir-se a ele toda vez que presenciamos Lula ser ovacionado em evento de caráter popular.

E com a sensação inversa da lembrada aqui. Conclusão: quanto mais Lula cai nos braços do povo, mais Moro aproxima-se da truculência herdada das coroas portuguesa e espanhola, bem como aproximando-se perigosamente da exacerbação rancorosa.

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