Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Virgínia e a lei de abuso de autoridade



A Folha publica hoje a história da médica Virgínia Soares de Souza, que ficou conhecida como a “doutora morte”, acusada pela polícia e pelo Ministério Público de ter matado sete pacientes, entre 2011 e 2013, na UTI do Hospital Evangélico em Curitiba, que ela chefiava, então.

Virgínia foi inocentada pela Justiça da acusação, na semana passada, quatro anos depois, embora ainda caiba recurso que os promotores dizem que vão impetrar.

Mas a absolvição de Virgínia não a livra da pena que pagou, exposta ao país como monstro e nem a livra da pena que continua pagando: já não pode trabalhar em sua profissão e, agora, segundo a Folha, trabalha como uma espécie de telemarketing, em uma pesquisa por telefone para uma clínica de radiologia local.

Virginia pagou e está pagando pelo que a própria Justiça concluiu que não fez.

Mas os que lhe fizeram isso não vão pagar coisa alguma.

Uma “bobagem” para quem o pratica, investido dos poderes de Estado, mas uma quase sentença de morte para quem o sofre, o abuso de autoridade está aí, para quem quiser ver.

Os defensores da “otoridade” – com o aval, aliás, do governo Temer, com o parecer dado pela AGU sobre o ” powerpoint” do Dr. Deltan Dallagnol, atestando que o carnaval era “função de estado – não o querem.

Se a Doutora Virgínia quiser, depois de um processo de anos (tenho um que se arrasta há 21, ganho, sem que seja pago), que pague a sociedade, através dos governos.
(Fernando Brito/ Tijolaço)

Nenhum comentário: