Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Simão entre a intenção e o gesto


Apesar da lábia modernosa, Simão Jatene não passa de um político de província acometido pelas mais abjetas mazelas que acometem essa raça.

Nomear a filha seguidamente para cargos comissionados em seu governo não só fere decisão consagrada pelo Supremo Tribunal Federal, mas fere a ética que deve presidir os atos de um servidor público, principalmente diante das agruras que o estado do Pará vive economicamente.

E não adianta sacar do coldre da desfaçatez a pistola da competência, pois essa pistola só disparará contra o pé do próprio governador, em razão dessa cantilena herdada do patrimonialismo de tempos imemoriais na república tupiniquim, onde a competência é mensurada pelo nome de família.

Com efeito, essa espécie de ou ela ou o caos carrega a caricatura da figura insubstituível, coincidentemente assim avaliada mais pelo parentesco do que qualquer eventual contribuição ao serviço público. Afinal, este funciona há séculos com seus acertos e erros totalmente infenso a esses heróis familiares, nada indicando que essa nefasta relação consolide-se, antes, ao contrário.

Portanto, pisa feio o governador na bola do trato sério da coisa pública, curiosamente em momento que clamou por procedimentos mais austeros daqueles que estão na vida pública, tornando-se devedor de seus gestos ao apartá-los de suas auto decantadas boas intenções. Lamentável!

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