Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 8 de abril de 2017

A ética da safadeza


Fábio Sato, candidato derrotado à prefeitura de Presidente Prudente (SP) no ano passado, ganhou de presente a cadeira de assessor na Secretaria-Executiva do MinC.

Maria do Céu, que não conseguiu se eleger vereadora de Recife, agora é chefe da representação do MinC no Nordeste.

Raimundo Benoni Franco foi nomeado secretário de Infraestrutura Cultural. Ele disputou e perdeu a eleição para prefeito da cidade de Salinas (MG).

Adão Cândido, que concorreu a vice-governador do Distrito Federal em 2014, foi presenteado com o cargo de secretário de Articulação e Desenvolvimento Institucional do ministério.

O ator global Stepan Nercessian tentou vaga na Câmara dos Deputados, perdeu, e agora é presidente da Funarte.

O presidente do PPS-DF, Francisco Andrade, candidato derrotado a deputado em 2014, recebeu a direção do Departamento de Mecanismos de Fomento. Sem experiência na área cultural ou de finanças públicas, tem em mãos R$ 41,5 milhões para gerir o Fundo Nacional da Cultura.

João Batista de Andrade, candidato a vice-prefeito de São Paulo derrotado em 2008, agora é secretário-executivo e, muito provavelmente, futuro presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema).

João Artur de Almeida Pinheiro faz parte do conselho fiscal do PPS. No MinC, é chefe de gabinete.

Fabiano Caldeira é apenas filiado ao partido de Roberto Freire e está no ministério como chefe da Assessoria de Comunicação Social.

José Haddad, presidente do PPS de Niterói (RJ), está ocupando a chefia regional do MinC nos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Alberto Aggio, membro do conselho político do PPS, é assessor especial no ministério de Freire.

Outro filiado do partido, Sionei Ricardo Leão de Araújo, é, simplesmente, assessor no Minc.

E até a advogada do PPS, especialista em direito do consumidor, Renata de Carvalho Machado, foi agraciada pelo amigo ministro, que a indicou para ser coordenadora-geral de Cultura e Educação da Secretaria da Cidadania e Diversidade.

Pois é. Para quem dizia  "Lamentavelmente, um ministério que teria muito a dar ao país ficou voltado para atender a interesses de facções políticas", declarou, atribuindo nomeações no Minc ao "projeto de poder" de PT e PCdoB, Roberto Freire saiu bem pior que a encomenda.

Mesmo com nomes como Stepan Nercessian e João Batista de Andrade, o primeiro ator e o segundo cineasta, Freire envenenou-se com a própria saliva ao fazer aquilo que condenava nos outros. Afinal, é pouco provável que os dois citados tenham tempo disponível de frequentar o ministério/capitania do donatário Freire.

Não havia muito que esperar de alguém que recebeu jetons por um ano de uma empresa pública do Distrito Federal, mesmo morando em Recife. Restou provado que a retórica condenatória não passa de cortina de fumaça pra encobrir as vilanias de um salafrário,

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